O perigo de uma história única
No vídeo intitulado “O perigo de uma
história única”, temos a oportunidade de assistir o relato da escritora
nigeriana Chimamanda Ngozi Adichie sobre algumas experiências e histórias da
sua vida. Suas reflexões e apontamentos nos levam à compreensão dos perigos do
que ela chama de uma história única, ou seja, de uma história contada a partir
de um único ponto de vista: construindo estereótipos, tornando superficiais as
histórias de um lugar ou de uma pessoa, roubando a dignidade desses e
dificultando o reconhecimento por todos nós de uma humanidade que nos é
compartilhada. Para Chimamanda, todas essas características são consequências
dessa historia única, dessa história que se constrói a partir da noção de um
povo como uma coisa, esquecendo-se da complexidade da vida humana e das suas
experiências. Nenhum povo, lugar ou pessoa é constituído de uma única história,
mas sim de diversas e múltiplas histórias que coexistem.
Nessa palestra, conferida na
Universidade de Oxford, Inglaterra, no ano de 2009 e patrocinada pelo grupo TED,
Chimamanda Ngozi Adichie nos surpreende com seu relato vivo e atual, nos apontando
caminhos para reflexão e para uma mudança mental na nossa percepção do outro, de
suas histórias e de nós mesmos.
“Histórias importam.
Muitas histórias importam. Histórias têm sido usadas para expropriar e tornar malígno.
Mas histórias podem também ser usadas para capacitar e humanizar. Histórias
podem destruir a dignidade de um povo, mas histórias também podem reparar essa
dignidade perdida.” (Chimamanda Ngozi Adiche)
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